Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 78
Filtrar
1.
Interface (Botucatu, Online) ; 28: e230343, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534635

RESUMO

Alunas negras do curso de Medicina são minoria e enfrentam diversos obstáculos durante a formação por serem mulheres negras. Objetivou-se sintetizar o conhecimento produzido em estudos empíricos sobre a discriminação racial e de gênero que sofrem estudantes de Medicina negras no curso. Realizamos uma revisão integrativa nas bases de dados do PubMed e BVS. Foram analisados em profundidade cinquenta estudos classificados em três categorias temáticas: I- O preconceito racial sistêmico-estrutural e estruturante; II- O racismo como um dos fatores da iniquidade na educação médica; e III- O racismo genderizado vivenciado pelas estudantes negras. Concluiu-se que, nas escolas médicas, um espaço social com baixa diversidade étnica/racial e atravessado pelo racismo estrutural, as estudantes negras são discriminadas pela intersecção das dinâmicas de raça, gênero e classe social.


Las alumnas negras del curso de medicina son minoría y enfrentan diversos obstáculos durante la formación por ser mujeres negras. El objetivo fue sintetizar el conocimiento producido en estudios empíricos sobre la discriminación racial y de género que sufren estudiantes de medicina negras en el curso. Realizamos una revisión integradora de las bases de datos del PubMed y BVS. Se analizaron en profundidad cincuenta estudios clasificados en tres categorías temáticas: 1- El prejuicio racial sistémico-estructural y estructurador. 2- El racismo como uno de los factores de la inequidad en la Educación Médica. 3- El racismo de género vivido por las estudiantes negras. Se concluyó que, en las escuelas médicas, un espacio social con baja diversidad étnica/racial, atravesado por el racismo estructural, las estudiantes negras son discriminadas por la intersección de las dinámicas de raza, género y clase social.


Black female medical students are a minority and face various obstacles during their training because they are black women. The study aimed to synthesize the knowledge produced in empirical studies on the racial and gender discrimination suffered by black female medical students. We carried out an integrative review using the PubMed and VHL databases. Fifty studies were analyzed in depth and classified into three thematic categories: 1- Systemic-structural and structuring racial prejudice. 2- Racism as one of the factors of inequity in medical education. 3- Genderized racism experienced by black students. It was concluded that in medical schools, a social space with low ethnic/racial diversity and crossed by structural racism, female black students are negatively discriminated by the intersection of race, gender and social class dynamics.

2.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.) ; 69(3): 463-468, Mar. 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1422659

RESUMO

SUMMARY OBJECTIVE: This study aimed to describe the current situation of sexual aggression and assess the adhesion to ambulatory care follow-up. METHODS: This is a cross-sectional study involving female children and adolescents aged 0-19 years, treated at the Center for Multiprofessional Care of Sexual Violence of the General Hospital of Nova Iguaçu, from 2014 to 2018. RESULTS: Of the 453 children and adolescents, 264 (58.3%) were <14 years of age and 189 (41.7%) were 14-19 years of age. In both groups, 78% were black. School delay of >2 years was found in 15.6% of children in the age group <14 years and 40.5% of adolescents in the age group 14-19 years [p<0.001; OR=3.7 (2.1-65)]. In girls aged £13 years, abuse usually occurred at home (73.2%), which was perpetrated by one aggressor (91%) and known to the victim (91.2%). In adolescents aged ≥14 years, 84.1% of rapes occurred outside the home, practiced by one aggressor (74.8%), 57.8% were unknown, and in 91.2% of cases, there was use of physical force and/or verbal threats. The victims aged <14 years have 14 times more chance of experiencing aggression within the family setting [p<0.001; OR=14.3 (8.2-25.6)] and 16 times more chance of experiencing aggression from known persons [p<0.001; OR=16.2 (9.2-29.8)]. On the contrary, adolescents aged ≥14 years have three times more chance of being abused by more than one aggressor [p<0.001; OR=3.3 (1.8-6.1)]. CONCLUSION: Black girls, especially those aged <14 years, are in a situation of greater vulnerability for sexual violence, have less adhesion to follow-up, and often experience aggression in the household setting.

3.
Rev Assoc Med Bras (1992) ; 69(3): 463-468, 2023.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36820777

RESUMO

OBJECTIVE: This study aimed to describe the current situation of sexual aggression and assess the adhesion to ambulatory care follow-up. METHODS: This is a cross-sectional study involving female children and adolescents aged 0-19 years, treated at the Center for Multiprofessional Care of Sexual Violence of the General Hospital of Nova Iguaçu, from 2014 to 2018. RESULTS: Of the 453 children and adolescents, 264 (58.3%) were <14 years of age and 189 (41.7%) were 14-19 years of age. In both groups, 78% were black. School delay of >2 years was found in 15.6% of children in the age group <14 years and 40.5% of adolescents in the age group 14-19 years [p<0.001; OR=3.7 (2.1-65)]. In girls aged £13 years, abuse usually occurred at home (73.2%), which was perpetrated by one aggressor (91%) and known to the victim (91.2%). In adolescents aged ≥14 years, 84.1% of rapes occurred outside the home, practiced by one aggressor (74.8%), 57.8% were unknown, and in 91.2% of cases, there was use of physical force and/or verbal threats. The victims aged <14 years have 14 times more chance of experiencing aggression within the family setting [p<0.001; OR=14.3 (8.2-25.6)] and 16 times more chance of experiencing aggression from known persons [p<0.001; OR=16.2 (9.2-29.8)]. On the contrary, adolescents aged ≥14 years have three times more chance of being abused by more than one aggressor [p<0.001; OR=3.3 (1.8-6.1)]. CONCLUSION: Black girls, especially those aged <14 years, are in a situation of greater vulnerability for sexual violence, have less adhesion to follow-up, and often experience aggression in the household setting.


Assuntos
Agressão , Vítimas de Crime , Adolescente , Criança , Feminino , Humanos , Adulto Jovem , População Negra , Estudos Transversais
4.
Waste Manag Res ; 41(3): 733-739, 2023 Mar.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36129016

RESUMO

This work sought to analyse the main difficulties in implementing and maintaining the selective waste collection in a Brazilian metropolis with more than one million inhabitants. Therefore, a qualitative method was used through in-depth interviews with 18 professionals working in the area of selective collection. The interviews were recorded and the data submitted to content analysis. The results showed the following difficulties: lack of management by the government, low efficiency and limited coverage; poor separation of waste at source; distortions in the selective collection logistics chain and in the distribution of waste by cooperatives; high informality, precarious work and low pay for waste collectors; the presence of middlemen and corruption in the system; and idle capacity of cooperatives and public organs. It was concluded that to overcome the difficulties in the selective collection and for it to be more effective, there is a need to improve the management of the process by the government with greater transparency and integration between the various actors involved, education of the population, better working conditions and remuneration for waste collectors.


Assuntos
Gerenciamento de Resíduos , Brasil , Gerenciamento de Resíduos/métodos , Resíduos Sólidos/análise
5.
Rev. bras. educ. méd ; 47(1): e032, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1431533

RESUMO

Resumo: Introdução: A construção da identidade médica (IM) é fenômeno dinâmico influenciado por fatores relacionados ao estudante, ao ambiente educacional e à sociedade. Objetivo: Este estudo teve como objetivo sintetizar o conhecimento produzido a respeito dos aspectos referentes ao estudante na construção da IM. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos empíricos publicados em periódicos indexados na MEDLINE e LILACS, utilizando a expressão medical identity e os descritores identity crisis, social identification, physician's role e professional role. Os critérios de inclusão foram: textos completos disponíveis em português, espanhol, francês ou inglês de estudos empíricos sobre fatores que influenciam na formação da IM com foco nos aspectos relacionados ao estudante e tendo médicos ou estudantes de graduação em Medicina como participantes. Resultado: Na primeira etapa, identificaram-se 1.365 artigos. Foram triados 194 artigos para leitura em profundidade. Destes, incluíram-se 18 para análise temática com classificação em categorias em diálogo com a literatura, tendo como base o conceito de IM saudável. A maioria dos artigos foi publicada na última década. Identificaram-se três categorias: expectativa versus realidade, referente ao que o estudante pensa sobre o que um médico é ou deveria ser; médico "super-herói", relativa à percepção caricaturada da medicina criada pelos próprios alunos e oferecida pela sociedade por meio de programas, séries e filmes televisivos; e modelagem de papéis, que diz respeito à importância da experiência prática do estudante supervisionada por um preceptor ou docente. A IM construída ao longo do curso médico influencia na forma como a medicina é exercida e, quando ela não é congruente com a realidade que o recém-formado encontra, provoca sofrimento no médico e interfere na atuação profissional dele. Conclusão: Instituições de ensino, professores e preceptores devem estar atentos às expectativas e às idealizações de seus alunos sobre o que é ser um médico e o papel desse profissional na sociedade, de maneira a promover intervenções que auxiliem em uma construção identitária mais saudável e mais resiliente às intempéries peculiares à profissão médica.


Abstract: Introduction: The Medical Identity (MI) construction is a dynamic phenomenon influenced by factors related to the student, the educational environment and society. Objective: To synthesize the produced knowledge about the student-related aspects regarding the construction of the MI. Method: This is an integrative review of empirical studies published in journals indexed in the MEDLINE and LILACS databases, using the term Medical Identity and the descriptors Identity Crisis, Social Identification, Physician's Role and Professional Role. The inclusion criteria were: full texts available in Portuguese, Spanish, French or English of empirical studies on factors that influence the development of MI focused on student-related aspects and having physicians or undergraduate medical students as participants. Results: In the first stage, 1,365 articles were identified. Subsequently, 194 articles were chosen for in-depth reading. Of these, 18 were included for thematic analysis with classification into categories in dialogue with the literature, based on the concept of healthy MI. Most articles were published in the last decade. Three categories were identified: expectation versus reality, related to what the student thinks about what a physician is or should be; the 'superhero' physician, related to the caricatured perception of Medicine created by the students themselves and offered by society through TV programs, series and films; and role modeling, which concerns the importance of the student's practical experience supervised by a preceptor or teacher. The MI built throughout the medical course influences the way medicine is practiced and when it is not consistent with the reality that the recently graduated student encounters, it causes suffering to the physician and interferes with their professional performance. Conclusion: Educational institutions, teachers and preceptors must be aware of the expectations and ideals of their students about what it means to be a physician and the role of this professional in society, aiming to promote interventions that help establishing a healthier and more resilient identity construction, particular to the medical profession.

6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(8): 3079-3090, ago. 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1384494

RESUMO

Resumo O uso do misoprostol com finalidade abortiva é um fenômeno observado no Brasil desde o final da década de 1980. O medicamento começou a ser utilizado nessa época para autoindução do aborto, quando passou a ser comercializado para o tratamento de úlcera péptica. Seu acesso foi restringido a partir de 1998, porém o fármaco continua sendo comercializado na ilegalidade. O objetivo desse artigo é sintetizar o conhecimento produzido em pesquisas no Brasil sobre o aborto induzido e o uso do misoprostol. Foi realizada uma revisão integrativa de estudos originais feitos no Brasil e publicados em revistas indexadas nas bases SciELO, PubMed e Lilacs. Foram encontrados 68 títulos e incluídos 28 artigos na revisão. A maioria das mulheres que induz a interrupção da gestação é jovem e o faz antes das 15 semanas de gestação. A taxa de utilização do misoprostol variou entre 89% e 36%. Esse medicamento é eficaz para a interrupção da gestação no primeiro trimestre e apresenta baixa taxa de complicações. Contudo, quanto mais vulnerável socialmente a mulher, maiores os riscos para a saúde no processo do abortamento. Conclui-se que a compra do misoprostol como abortivo é facilitada, apesar de proibida, e suas complicações estão associadas ao contexto de vulnerabilidade da gestante.


Abstract The use of misoprostol for abortifacient purposes is a phenomenon observed in Brazil since the late 1980s. The drug started to be used at that time for self-induced abortion, when it began to be commercialized for the treatment of peptic ulcer. Its access was restricted from 1998 onwards, but the drug continues to be commercialized illegally. The objective of this article is to summarize the knowledge produced by research in Brazil about induced abortion and the use of misoprostol. An integrative review of original studies carried out in Brazil and published in journals indexed in SciELO, PubMed and Lilacs databases was performed. The search found 68 titles, and 28 articles were included in the review. Most women who induced pregnancy interruption were young and did it before 15 gestational weeks. The rate of misoprostol use ranged from 89% to 36%. This drug is effective for terminating pregnancy in the first trimester and has a low rate of complications. However, the more socially vulnerable the woman is, the greater are the health risks in the abortion process. The conclusion is that the purchase of misoprostol as an abortifacient is facilitated, despite it being prohibited, and its complications are associated with the context of vulnerability of the pregnant woman.

7.
Cien Saude Colet ; 27(8): 3079-3090, 2022 Aug.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-35894320

RESUMO

The use of misoprostol for abortifacient purposes is a phenomenon observed in Brazil since the late 1980s. The drug started to be used at that time for self-induced abortion, when it began to be commercialized for the treatment of peptic ulcer. Its access was restricted from 1998 onwards, but the drug continues to be commercialized illegally. The objective of this article is to summarize the knowledge produced by research in Brazil about induced abortion and the use of misoprostol. An integrative review of original studies carried out in Brazil and published in journals indexed in SciELO, PubMed and Lilacs databases was performed. The search found 68 titles, and 28 articles were included in the review. Most women who induced pregnancy interruption were young and did it before 15 gestational weeks. The rate of misoprostol use ranged from 89% to 36%. This drug is effective for terminating pregnancy in the first trimester and has a low rate of complications. However, the more socially vulnerable the woman is, the greater are the health risks in the abortion process. The conclusion is that the purchase of misoprostol as an abortifacient is facilitated, despite it being prohibited, and its complications are associated with the context of vulnerability of the pregnant woman.


O uso do misoprostol com finalidade abortiva é um fenômeno observado no Brasil desde o final da década de 1980. O medicamento começou a ser utilizado nessa época para autoindução do aborto, quando passou a ser comercializado para o tratamento de úlcera péptica. Seu acesso foi restringido a partir de 1998, porém o fármaco continua sendo comercializado na ilegalidade. O objetivo desse artigo é sintetizar o conhecimento produzido em pesquisas no Brasil sobre o aborto induzido e o uso do misoprostol. Foi realizada uma revisão integrativa de estudos originais feitos no Brasil e publicados em revistas indexadas nas bases SciELO, PubMed e Lilacs. Foram encontrados 68 títulos e incluídos 28 artigos na revisão. A maioria das mulheres que induz a interrupção da gestação é jovem e o faz antes das 15 semanas de gestação. A taxa de utilização do misoprostol variou entre 89% e 36%. Esse medicamento é eficaz para a interrupção da gestação no primeiro trimestre e apresenta baixa taxa de complicações. Contudo, quanto mais vulnerável socialmente a mulher, maiores os riscos para a saúde no processo do abortamento. Conclui-se que a compra do misoprostol como abortivo é facilitada, apesar de proibida, e suas complicações estão associadas ao contexto de vulnerabilidade da gestante.


Assuntos
Abortivos não Esteroides , Abortivos , Aborto Induzido , Misoprostol , Aborto Criminoso , Feminino , Humanos , Gravidez
8.
Cien Saude Colet ; 27(7): 2763-2776, 2022 Jul.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-35730845

RESUMO

This study aimed to estimate the prevalence of sexual initiation of pupils aged 10 to 14 who attended the second year of public and private high school in the IX Administrative Region of the city of Rio de Janeiro, Brazil and to identify the most vulnerable subgroups. The sample consisted of 694 pupils who were selected through cluster-based and stratified sampling by considering school type (public or private) and course type (daytime or evening). Information was collected by means of a structured self-administered questionnaire. The chi-square test (χ2) and 95% confidence intervals were used to assess the heterogeneity of proportions among subgroups. The prevalence of the event was 18.4%; it was higher in boys, in subgroups of greater social vulnerability, among those who hooked up/dated up to 14 years of age, in victims of sexual violence in affective-sexual relationships and in pupils showing health risk behaviors. The high rate of sexual initiation in early adolescence, especially in more vulnerable groups, shows that the situation must be understood and addressed by means of intersectoral public policies that take into account a social context of multiple needs rather than reproductive health alone.


O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de iniciação sexual entre 10 e 14 anos, em estudantes do segundo ano do ensino médio da rede pública e privada da IX RA do município de Rio de Janeiro-RJ, e identificar subgrupos mais vulneráveis à situação. A amostra foi composta por 694 estudantes, selecionados através de uma amostragem por conglomerados e estratificada por turno de aula e características administrativa da escola. As informações foram coletadas através de questionário estruturado de autopreenchimento. Intervalos de confiança a 95% e o teste Qui-Quadrado (χ2) foram usados para avaliar a heterogeneidade das proporções entre subgrupos. A prevalência do evento foi 18,4%, sendo maior: em meninos; em subgrupos de maior vulnerabilidade social; entre os que ficaram/namoraram até 14 anos; os que foram vítimas de violência sexual em relacionamentos afetivo-sexuais; e os que apresentaram comportamentos de riscos à saúde. A alta frequência de iniciação sexual na adolescência precoce, especialmente em grupos mais vulneráveis, evidencia que a situação deve ser compreendida e enfrentada com políticas públicas intersetoriais que leve em consideração um contexto social de múltiplas carências e não apenas à saúde reprodutiva.


Assuntos
Comportamento Sexual , Vulnerabilidade Social , Adolescente , Brasil/epidemiologia , Criança , Humanos , Masculino , Saúde Reprodutiva , Instituições Acadêmicas
9.
Rev. bras. educ. méd ; 46(1): e024, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1360859

RESUMO

Abstract: Introduction: Population aging, longer life expectancy and the increase in the prevalence of chronic diseases have brought new health demands, among them, palliative care (PC). Although present in the clinical routine, this topic has not yet been included in most medical schools in Brazil. Objective: To know the teaching-learning process in PC according to the perception of medical students from schools that have this subject. Method: Qualitative method through interviews with 35 medical students from 14 medical schools located in the Northeast, Southeast and South regions of the country. Results: The reports were classified into three categories: conception of PC, changes perceived after exposure to PC teaching, challenges and successful strategies identified in PC teaching. Students recognize the value of teaching in PC and have a greater understanding of PC approach and its early indication for people with complex chronic conditions. The inclusion of the topic contributed to the overcoming of fears and taboos related to death, providing greater comfort to deal with human suffering, adding emotional skills. The formal education in PC allowed understanding the person in their biopsychosocial and spiritual dimension. They stressed the importance of communication skills to communicate difficult news, symptom management, teamwork and an individualized approach to the person and their family. Although they identify little theoretical-practical integration in the teaching-learning scenario in PC, they report an interest in the topic, and indicated successive experiences as strategies throughout the training, in a humanist axis. Conclusion: PC teaching brings contributions to medical training that go beyond the learning of the subject and reinforces the development of empathy and compassion, recognized as essential in this profession, as well as the relevance of assertiveness in the management of suffering and the comprehensive care of people with advanced diseases.


Resumo: Introdução: O envelhecimento populacional, a maior expectativa de vida e o aumento da prevalência de doenças crônicas trouxeram novas demandas em saúde, como os cuidados paliativos (CP). Embora presente no cotidiano clínico, essa temática ainda não foi incluída na maioria das escolas médicas no Brasil. Objetivo: Este estudo teve como objetivo conhecer o ensino-aprendizagem em CP na percepção do estudante de Medicina de escolas que dispõem dessa disciplina. Método: Trata-se de estudo qualitativo realizado por meio de entrevistas com 35 estudantes de Medicina de 14 escolas médicas localizadas nas Regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país. Resultado: Os relatos foram classificados em três categorias: concepção sobre CP, transformações percebidas após exposição ao ensino de CP, desafios e estratégias exitosas identificados no ensino de CP. Os estudantes reconhecem o valor do ensino de CP e têm maior compreensão sobre a abordagem em CP e sua indicação precoce às pessoas com condições crônicas complexas. A inserção do tema contribuiu para a superação de medos e tabus ligados à morte, conferindo maior conforto para lidar com o sofrimento humano, agregando competências emocionais. A educação formal em CP possibilitou a compreensão da pessoa na dimensão biopsicossocial e espiritual. Os discentes ressaltaram a importância das habilidades de comunicação de notícias difíceis, do manejo de sintomas, do trabalho em equipe e da abordagem individualizada à pessoa e à família dela. Embora tenham identificado pouca integração teórico-prática no cenário de ensino-aprendizagem de CP, os alunos referiram interesse na temática e apontaram como estratégias aproximações sucessivas ao longo da formação, em um eixo humanista. Conclusão: O ensino de CP traz contribuições à formação médica para além da aprendizagem do tema e reforça o desenvolvimento da empatia e compaixão, reconhecidas como essenciais nessa profissão, assim como a relevância da assertividade no manejo do sofrimento e do cuidado integral de pessoas com doenças avançadas.

10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(7): 2763-2776, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1384421

RESUMO

Resumo O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de iniciação sexual entre 10 e 14 anos, em estudantes do segundo ano do ensino médio da rede pública e privada da IX RA do município de Rio de Janeiro-RJ, e identificar subgrupos mais vulneráveis à situação. A amostra foi composta por 694 estudantes, selecionados através de uma amostragem por conglomerados e estratificada por turno de aula e características administrativa da escola. As informações foram coletadas através de questionário estruturado de autopreenchimento. Intervalos de confiança a 95% e o teste Qui-Quadrado (χ2) foram usados para avaliar a heterogeneidade das proporções entre subgrupos. A prevalência do evento foi 18,4%, sendo maior: em meninos; em subgrupos de maior vulnerabilidade social; entre os que ficaram/namoraram até 14 anos; os que foram vítimas de violência sexual em relacionamentos afetivo-sexuais; e os que apresentaram comportamentos de riscos à saúde. A alta frequência de iniciação sexual na adolescência precoce, especialmente em grupos mais vulneráveis, evidencia que a situação deve ser compreendida e enfrentada com políticas públicas intersetoriais que leve em consideração um contexto social de múltiplas carências e não apenas à saúde reprodutiva.


Abstract This study aimed to estimate the prevalence of sexual initiation of pupils aged 10 to 14 who attended the second year of public and private high school in the IX Administrative Region of the city of Rio de Janeiro, Brazil and to identify the most vulnerable subgroups. The sample consisted of 694 pupils who were selected through cluster-based and stratified sampling by considering school type (public or private) and course type (daytime or evening). Information was collected by means of a structured self-administered questionnaire. The chi-square test (χ2) and 95% confidence intervals were used to assess the heterogeneity of proportions among subgroups. The prevalence of the event was 18.4%; it was higher in boys, in subgroups of greater social vulnerability, among those who hooked up/dated up to 14 years of age, in victims of sexual violence in affective-sexual relationships and in pupils showing health risk behaviors. The high rate of sexual initiation in early adolescence, especially in more vulnerable groups, shows that the situation must be understood and addressed by means of intersectoral public policies that take into account a social context of multiple needs rather than reproductive health alone.

11.
Rev Assoc Med Bras (1992) ; 67(11): 1712-1718, 2021 Nov.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34909903

RESUMO

OBJECTIVE: This study aimed to assess live birth frequency and age-specific fertility rates (ASFR) in the period 1996-2018 and the number of pregnancies at <14 years old in the period 2012-2018. METHODS: This was a cross-sectional study conducted by search on Live Births Data System (SINASC/DATASUS) database. RESULTS: There was a variation in ASFR in Brazil of 0.78‰ in 1996 to 0.87‰ in 2018 (+11.5%). In the north region, it increased from 1.28‰ to 1.66‰ in 2018. In the northeast region, it increased from 0.72‰ to 1.66‰ (+131%) in 1996-2011, but decreased to 1.31‰ in 2018 (-21% in relation to 2011). When comparing 1996 and 2018, in the southeast region, there was a 22% decrease; in the south region, it was 48.2%; and in the Center-West region, it was 34%; but in the north region, there was a 29.7% increase, and in the northeast region, it was 81.9%. When adding girls who became pregnant aged 13 years and gave birth at 14, there was a threefold increase in the rate. CONCLUSIONS: The increase of pregnancies in <14 years old in less developed regions of Brazil shows an association with socioeconomic factors and reveals the severe problem of rape of vulnerable persons in the country.


Assuntos
Coeficiente de Natalidade , Nascido Vivo , Adolescente , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Nascido Vivo/epidemiologia , Gravidez , Fatores Socioeconômicos
12.
Rev Saude Publica ; 55: 103, 2021.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-34932694

RESUMO

OBJECTIVE: Compare official data on notifications of sexual violence against girls aged 10 to 13 years with data on pregnancy for the same age group between 2012 and 2018. METHODS: This is an epidemiological, descriptive, cross-sectional study with data from the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS) on violence against and pregnancy of girls aged 10 to 13 years from 2012 to 2018. Data on sexual violence were accessed in the Health Information System (SINAN); on pregnancy, in the Live Births Information System (SINASC), on fetal deaths, in the Mortality Information System (SIM), and on abortions, in the Hospital Admission System (SIH). RESULTS: Between 2012 and 2018, out of 136,387 pregnancies, there were 120,185 live births and 15,402 interrupted pregnancies by abortions or fetal deaths of mothers who became pregnant aged 13 years or younger. In the same period, SINAN received 46,548 notifications of sexual abuse against girls aged 10 to 13 years. The number of girls who became pregnant before the age of 14, victims of statutory rape, was 2.9 times higher than the number of cases notified to SINAN. CONCLUSION: The lack of adequate notification of statutory rapes in Brazilian official statistics leads to the underestimation of its magnitude.


Assuntos
Estupro , Delitos Sexuais , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Gravidez , Violência
13.
Cad Saude Publica ; 37(11): e00330820, 2021.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-34816963

RESUMO

LGBTphobia constitutes a context of vulnerability to the health of individuals whose sexuality is diverse from the heteronormative pattern, named sexual minorities, especially in adolescence, a period of sexual identities definition. The aim of this study was to analyze how did high school students perceive their peers of sexual minorities and how they understand the school's and educators' attitude regarding sexual diversity. The research used the qualitative method, with 13 focal groups comprising 132 students of both sexes, from public and private schools in the Municipality of Rio de Janeiro, Brazil. The data analysis was performed with the support of webQDA software in a comprehensive basis approach. Data were classified in two categories. In the first category, the students and sexual diversity, the participants perceived sexual diversity as normal because it is common and often present in their age. However, they confirmed homophobic attitudes against those whose gender behavior is not in accordance with what is expected for their biological sex. In the second category, the school and sexual diversity, the students recognized the adoption of discriminatory measures against same-sex couples by the school coordination and the absence of the theme of sexual diversity in educational activities. The outcomes indicate that sexual education policies are not sufficient to guarantee the human rights of sexual minorities and this represents greater health vulnerability of this population strata.


A LGBTfobia se configura como contexto de vulnerabilidade à saúde das pessoas cuja sexualidade é diversa do padrão heteronormativo, denominadas minorias sexuais, principalmente na adolescência, período de definição das identidades sexuais. O objetivo deste estudo foi analisar como estudantes do Ensino Médio percebem seus pares das minorias sexuais e como entendem a atitude da escola e educadores frente à diversidade sexual. O método utilizado foi qualitativo por meio de 13 grupos focais com 132 estudantes de ambos os sexos, de escolas públicas e privadas de Município do Rio de Janeiro, Brasil. A análise dos dados foi realizada com apoio do software webQDA, em uma abordagem de base compreensiva, e os dados classificados em duas categorias. Na primeira, denominada "os estudantes e a diversidade sexual", os participantes percebem a diversidade sexual como normal, pois é comum e se apresenta frequentemente na idade deles. Contudo, confirmaram atitudes homofóbicas contra aqueles cujo comportamento de gênero não está de acordo com o esperado para seu sexo biológico. Na segunda categoria, "a escola e a diversidade sexual", os estudantes reconhecem a adoção de medidas discriminatórias contra casais homoafetivos por parte da coordenação escolar e a ausência do tema diversidade sexual nas atividades educativas. Os resultados indicam que as políticas de educação sexual são insuficientes para a garantia dos direitos humanos das minorias sexuais, o que representa maior vulnerabilidade à saúde desse estrato populacional.


La LGBTfobia se conforma como un contexto de vulnerabilidad para la salud de las personas cuya sexualidad es diferente respecto al patrón heteronormativo, denominadas minorías sexuales, principalmente en la adolescencia, período de definición de las identidades sexuales. El objetivo de este estudio fue analizar cómo estudiantes de enseñanza media perciben a sus compañeros de minorías sexuales, y cómo entienden la actitud de la escuela, así como la de los educadores, frente a la diversidad sexual. El método utilizado fue cualitativo, mediante 13 grupos focales con 132 estudiantes de ambos sexos, de escuelas públicas y privadas del Municipio de Río de Janeiro, Brasil. El análisis de los datos se realizó con el apoyo del software webQDA, en un abordaje de base comprensivo y clasificados en dos categorías. En la primera, denominada estudiantes y diversidad sexual, los participantes perciben la diversidad sexual como normal, puesto que es común y se presenta frecuentemente en su edad. No obstante, confirmaron actitudes homofóbicas contra quienes cuyo comportamiento de género no está de acuerdo con lo esperado para su sexo biológico. En la segunda categoría, escuela y diversidad sexual, los estudiantes reconocen la adopción de medidas discriminatorias contra parejas homoafectivas por parte de la coordinación escolar y la ausencia del tema diversidad sexual en las actividades educativas. Los resultados indican que las políticas de educación sexual son insuficientes para la garantía de los derechos humanos de las minorías sexuales, lo que representa una mayor vulnerabilidad para la salud de ese estrato poblacional.


Assuntos
Comportamento Sexual , Estudantes , Adolescente , Brasil , Feminino , Humanos , Masculino , Pesquisa Qualitativa , Instituições Acadêmicas
14.
Cien Saude Colet ; 26(9): 4115-4127, 2021 Sep.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34586264

RESUMO

This study aimed to estimate the prevalence of categories of adverse childhood experiences (ACE) among high school students in Rio de Janeiro, investigate the ACE co-occurrence profile, and examine the distribution of exposure to ACE according to individual, family, socioeconomic, and school characteristics. A cross-sectional study was conducted with 681 individuals selected using a complex random sampling design. Exposure to ACE categories was identified using a cross-culturally adapted version of the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) and direct questions. We calculated prevalence and correlation between ACE pairs and determined the co-occurrence profile of childhood adversities. The findings reveal that the most common adversities were emotional abuse and neglect and biparental family dissolution. Seventy percent of the sample reported having been exposed to at least one ACE and 9% had been exposed to four or more. Around 20% of respondents reported exposure to abuse and neglect and 9% to the co-occurrence of abuse, neglect, and absence of at least one parent during childhood. The most vulnerable subgroups were girls and respondents who were born to teenage mothers, not living with both parents, studying at public schools, and from low-income families. The high prevalence and co-occurrence profile of ACE reveals the need for wide-ranging intersectoral policies designed to prevent adverse childhood experiences and provide victim support.


Este estudo tem como objetivos estimar a prevalência de Experiências Adversas na Infância (EAI), investigar o seu perfil de coocorrência e sua distribuição de acordo com características individuais, familiares, socioeconômicas e escolares de adolescentes de escolas públicas e privadas de uma Região Administrativa do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo seccional com 681 indivíduos, selecionados através de amostragem aleatória complexa. As EAI foram identificadas através do questionário QUESI e perguntas diretas. Estimou-se as prevalências e a correlação entre pares das EAI e o perfil de coocorrência das EAI. Os resultados revelaram que abuso e negligência emocionais e dissolução da família biparental foram as adversidades mais comuns. Setenta por cento da amostra sofreu pelo menos uma EAI e 9%, quatro ou mais. Cerca de 20% vivenciou abuso e negligência e 9% a coocorrência de abuso, negligência e ausência de pelo menos um genitor durante a infância. Os subgrupos mais vulneráveis foram: meninas, filhos de mães adolescentes, os que não moravam com ambos os pais, os de escola pública e os de baixa renda. As altas prevalências e o perfil de coocorrência das adversidades sugerem que as políticas voltadas à prevenção e ao acolhimento de vítimas sejam abrangentes e multissetoriais.


Assuntos
Maus-Tratos Infantis , Adolescente , Brasil/epidemiologia , Criança , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Prevalência , Instituições Acadêmicas , Inquéritos e Questionários
15.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(9): 4115-4127, set. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1339576

RESUMO

Resumo Este estudo tem como objetivos estimar a prevalência de Experiências Adversas na Infância (EAI), investigar o seu perfil de coocorrência e sua distribuição de acordo com características individuais, familiares, socioeconômicas e escolares de adolescentes de escolas públicas e privadas de uma Região Administrativa do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo seccional com 681 indivíduos, selecionados através de amostragem aleatória complexa. As EAI foram identificadas através do questionário QUESI e perguntas diretas. Estimou-se as prevalências e a correlação entre pares das EAI e o perfil de coocorrência das EAI. Os resultados revelaram que abuso e negligência emocionais e dissolução da família biparental foram as adversidades mais comuns. Setenta por cento da amostra sofreu pelo menos uma EAI e 9%, quatro ou mais. Cerca de 20% vivenciou abuso e negligência e 9% a coocorrência de abuso, negligência e ausência de pelo menos um genitor durante a infância. Os subgrupos mais vulneráveis foram: meninas, filhos de mães adolescentes, os que não moravam com ambos os pais, os de escola pública e os de baixa renda. As altas prevalências e o perfil de coocorrência das adversidades sugerem que as políticas voltadas à prevenção e ao acolhimento de vítimas sejam abrangentes e multissetoriais.


Abstract This study aimed to estimate the prevalence of categories of adverse childhood experiences (ACE) among high school students in Rio de Janeiro, investigate the ACE co-occurrence profile, and examine the distribution of exposure to ACE according to individual, family, socioeconomic, and school characteristics. A cross-sectional study was conducted with 681 individuals selected using a complex random sampling design. Exposure to ACE categories was identified using a cross-culturally adapted version of the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) and direct questions. We calculated prevalence and correlation between ACE pairs and determined the co-occurrence profile of childhood adversities. The findings reveal that the most common adversities were emotional abuse and neglect and biparental family dissolution. Seventy percent of the sample reported having been exposed to at least one ACE and 9% had been exposed to four or more. Around 20% of respondents reported exposure to abuse and neglect and 9% to the co-occurrence of abuse, neglect, and absence of at least one parent during childhood. The most vulnerable subgroups were girls and respondents who were born to teenage mothers, not living with both parents, studying at public schools, and from low-income families. The high prevalence and co-occurrence profile of ACE reveals the need for wide-ranging intersectoral policies designed to prevent adverse childhood experiences and provide victim support.


Assuntos
Humanos , Feminino , Criança , Adolescente , Maus-Tratos Infantis , Instituições Acadêmicas , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários
16.
Rev. bras. educ. méd ; 45(2): e056, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1180905

RESUMO

Abstract: Introduction: The palliative care (PC) approach is a care modality recommended by the World Health Organization. Suffering and the process of dying are present in everyday clinical practice, affecting people with life-threatening diseases. However, the predominant model of teaching in Brazilian medical schools does not include palliative care. Objectives: The aim of the study was to get to know the Brazilian medical schools that include PC in their curriculum, and how it has been taught. Methods: Descriptive and exploratory study, carried out by searching for medical schools with disciplines in PC, through the analysis of the course syllabi available in the curricular matrices on the official websites of higher education institutions from August to December 2018. They were analyzed considering the offered period of the PC content, workload, scenario, and type of discipline (elective or mandatory). Results: 315 schools registered with the Ministry of Education were found, and only 44 of them (14%) offer courses in PC. These schools are distributed throughout 11 Brazilian states, of which 52% are located in the Southeast region, 25% in the Northeast, 18% in the South, 5% in the Midwest, and none in the North region. The predominant modality of the type of discipline in PC was mandatory in 61% of schools. Most Brazilian medical schools are private entities (57%), a similar percentage to the total number of medical schools identified with the teaching of PC. This course takes place in the 3rd and 4th years of the course; in most schools, the workload was 46,9 hours. The predominant scenario is the classroom, while some institutions provide integration between teaching community service and medical practice. The program contents are diverse, including thanatology, geriatrics and finitude, humanization, bioethics, pain, oncology and chronic diseases. Conclusion: PC education in Brazil is insufficient, which represents a barrier to the training of doctors in line with the recommendations of international entities, the National Curriculum Guidelines and legal frameworks within the scope of SUS. Investments by medical entities and government agencies are necessary to increase teaching in PC and the consequent qualification of medical training.


Resumo: Introdução: Abordagem em cuidados paliativos (CP) é uma modalidade assistencial recomendada pela Organização Mundial da Saúde. O sofrimento e o processo de morrer estão presentes no cotidiano da prática clínica, acometendo pessoas portadoras de doenças ameaçadoras à vida. Entretanto, o currículo predominante das escolas médicas brasileiras não inclui o ensino de CP. Objetivos: Este estudo teve como objetivos conhecer os cursos de Medicina brasileiros que incluem CP em sua grade curricular e verificar de que forma estes vêm sendo ministrados. Métodos: Trata-se de estudo descritivo e exploratório realizado por meio da busca de cursos de Medicina com disciplinas de CP nos sítios virtuais oficiais das instituições de ensino superior, no período de agosto a dezembro de 2018, e da análise das ementas disponíveis nas matrizes curriculares, no que diz respeito ao período oferecido, à carga horária, ao cenário e ao tipo de disciplina, se eletiva ou obrigatória. Resultados: Das 315 escolas de Medicina cadastradas no Ministério da Educação, apenas 44 cursos de Medicina (14%) dispõem de disciplina de CP. Esses cursos estão distribuídos em 11 estados brasileiros, 52% estão na Região Sudeste, 25% na Região Nordeste, 18% na Região Sul, 5% na Região Centro-Oeste, e nenhum na Região Norte. A modalidade predominante do tipo de disciplina foi obrigatória em 61% das escolas. Em relação à natureza, 57% são entidades privadas, percentual semelhante ao total de escolas médicas brasileiras. A disciplina ocorre no terceiro e quarto anos do curso, na maioria das instituições, e a carga horária mediana foi 46,9 horas. O cenário predominantemente é a sala de aula, e algumas instituições proporcionam a integração ensino-serviço-comunidade e prática médica. Os conteúdos programáticos são variados, incluindo tanatologia, geriatria, senescência e finitude, humanização, bioética, dor, oncologia e doenças crônicas. Conclusão: O ensino de CP no Brasil é escasso, o que representa uma barreira à formação de médicos em consonância com as recomendações das entidades internacionais, das Diretrizes Curriculares Nacional e de marcos legais no âmbito do SUS. Fazem-se necessários investimentos das entidades médicas e dos organismos governamentais para a ampliação do ensino de CP e a consequente qualificação da formação médica.


Assuntos
Humanos , Cuidados Paliativos , Faculdades de Medicina , Currículo , Educação Médica , Faculdades de Medicina/estatística & dados numéricos , Tanatologia , Estudos Transversais
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(11): e00330820, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1350398

RESUMO

Resumo: A LGBTfobia se configura como contexto de vulnerabilidade à saúde das pessoas cuja sexualidade é diversa do padrão heteronormativo, denominadas minorias sexuais, principalmente na adolescência, período de definição das identidades sexuais. O objetivo deste estudo foi analisar como estudantes do Ensino Médio percebem seus pares das minorias sexuais e como entendem a atitude da escola e educadores frente à diversidade sexual. O método utilizado foi qualitativo por meio de 13 grupos focais com 132 estudantes de ambos os sexos, de escolas públicas e privadas de Município do Rio de Janeiro, Brasil. A análise dos dados foi realizada com apoio do software webQDA, em uma abordagem de base compreensiva, e os dados classificados em duas categorias. Na primeira, denominada "os estudantes e a diversidade sexual", os participantes percebem a diversidade sexual como normal, pois é comum e se apresenta frequentemente na idade deles. Contudo, confirmaram atitudes homofóbicas contra aqueles cujo comportamento de gênero não está de acordo com o esperado para seu sexo biológico. Na segunda categoria, "a escola e a diversidade sexual", os estudantes reconhecem a adoção de medidas discriminatórias contra casais homoafetivos por parte da coordenação escolar e a ausência do tema diversidade sexual nas atividades educativas. Os resultados indicam que as políticas de educação sexual são insuficientes para a garantia dos direitos humanos das minorias sexuais, o que representa maior vulnerabilidade à saúde desse estrato populacional.


Resumen: La LGBTfobia se conforma como un contexto de vulnerabilidad para la salud de las personas cuya sexualidad es diferente respecto al patrón heteronormativo, denominadas minorías sexuales, principalmente en la adolescencia, período de definición de las identidades sexuales. El objetivo de este estudio fue analizar cómo estudiantes de enseñanza media perciben a sus compañeros de minorías sexuales, y cómo entienden la actitud de la escuela, así como la de los educadores, frente a la diversidad sexual. El método utilizado fue cualitativo, mediante 13 grupos focales con 132 estudiantes de ambos sexos, de escuelas públicas y privadas del Municipio de Río de Janeiro, Brasil. El análisis de los datos se realizó con el apoyo del software webQDA, en un abordaje de base comprensivo y clasificados en dos categorías. En la primera, denominada estudiantes y diversidad sexual, los participantes perciben la diversidad sexual como normal, puesto que es común y se presenta frecuentemente en su edad. No obstante, confirmaron actitudes homofóbicas contra quienes cuyo comportamiento de género no está de acuerdo con lo esperado para su sexo biológico. En la segunda categoría, escuela y diversidad sexual, los estudiantes reconocen la adopción de medidas discriminatorias contra parejas homoafectivas por parte de la coordinación escolar y la ausencia del tema diversidad sexual en las actividades educativas. Los resultados indican que las políticas de educación sexual son insuficientes para la garantía de los derechos humanos de las minorías sexuales, lo que representa una mayor vulnerabilidad para la salud de ese estrato poblacional.


Abstract: LGBTphobia constitutes a context of vulnerability to the health of individuals whose sexuality is diverse from the heteronormative pattern, named sexual minorities, especially in adolescence, a period of sexual identities definition. The aim of this study was to analyze how did high school students perceive their peers of sexual minorities and how they understand the school's and educators' attitude regarding sexual diversity. The research used the qualitative method, with 13 focal groups comprising 132 students of both sexes, from public and private schools in the Municipality of Rio de Janeiro, Brazil. The data analysis was performed with the support of webQDA software in a comprehensive basis approach. Data were classified in two categories. In the first category, the students and sexual diversity, the participants perceived sexual diversity as normal because it is common and often present in their age. However, they confirmed homophobic attitudes against those whose gender behavior is not in accordance with what is expected for their biological sex. In the second category, the school and sexual diversity, the students recognized the adoption of discriminatory measures against same-sex couples by the school coordination and the absence of the theme of sexual diversity in educational activities. The outcomes indicate that sexual education policies are not sufficient to guarantee the human rights of sexual minorities and this represents greater health vulnerability of this population strata.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Comportamento Sexual , Estudantes , Instituições Acadêmicas , Brasil , Pesquisa Qualitativa
18.
Interface (Botucatu, Online) ; 25(supl.1): e200868, 2021.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1340075

RESUMO

Este estudo objetiva analisar questões da educação médica evidenciadas pelas medidas de distanciamento social provocadas pela pandemia do coronavírus19 associadas às percepções de professores de medicina sobre esses mesmos aspectos, em um momento prévio à eclosão da crise sanitária. Realizamos um recorte de resultados de uma pesquisa de natureza qualitativa e conduzimos a discussão com base na triangulação de dados entre observações de campo e entrevistas com professores. A pandemia reacendeu debates sobre a relevância de conteúdos, a utilização de tecnologias digitais para fins pedagógicos e o valor do trabalho colaborativo. Além disso, resgatou questões que envolvem habilidades de comunicação e a saúde de estudantes nas práticas do cuidado. Discutiremos a experiência passada articulando-a às experiências recentes e o que poderemos recolher para (re)construirmos os rumos da formação dos médicos.(AU)


El objetivo de este estudio es analizar cuestiones de la educación médica puestas en evidencia por las medidas de distancia social adoptadas por la pandemia del coronavirus 19, asociadas a las percepciones de profesores de medicina sobres esos mismos aspectos, en un momento previo a la eclosión de la crisis sanitaria. Realizamos un recorte de resultados de una investigación de naturaleza cualitativa y dirigimos la discusión a partir de la triangulación de datos entre observaciones de campo y entrevistas con profesores. La pandemia reencendió debates sobre la relevancia de contenidos, la utilización de tecnologías digitales para fines pedagógicos y el valor del trabajo colaborativo. Además, rescató cuestiones que envuelven habilidades de comunicación y la salud de estudiantes en las prácticas del cuidado. Discutiremos la experiencia pasada articulándola con las experiencias recientes y lo que podremos recoger para (re)construir los rumbos de formación de los médicos.(AU)


This study aims to analyze medical education issues evidenced by the measures of social distancing due to the coronavirus pandemic19, associated with the perceptions of medical professors about these same aspects, in a moment prior to the outbreak of the health crisis. We focused in the results of a qualitative research and conducted a discussion based on the triangulation of data between field observations and interviews with professors. The pandemic has rekindled debates about the relevance of contents, the use of digital technologies for educational purposes and the value of collaborative work. Additionally, it provoked the emergence of issues involving communication skills and the health of students in care practices. We discuss past experiences articulating them with recent experiences and what we can collect to (re)build the direction of medical training.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Percepção , Educação Médica/tendências , Docentes/psicologia , COVID-19 , Currículo/tendências , Tecnologia da Informação/tendências , Distanciamento Físico
19.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 1-9, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1352189

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE Compare official data on notifications of sexual violence against girls aged 10 to 13 years with data on pregnancy for the same age group between 2012 and 2018. METHODS This is an epidemiological, descriptive, cross-sectional study with data from the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS) on violence against and pregnancy of girls aged 10 to 13 years from 2012 to 2018. Data on sexual violence were accessed in the Health Information System (SINAN); on pregnancy, in the Live Births Information System (SINASC), on fetal deaths, in the Mortality Information System (SIM), and on abortions, in the Hospital Admission System (SIH). RESULTS Between 2012 and 2018, out of 136,387 pregnancies, there were 120,185 live births and 15,402 interrupted pregnancies by abortions or fetal deaths of mothers who became pregnant aged 13 years or younger. In the same period, SINAN received 46,548 notifications of sexual abuse against girls aged 10 to 13 years. The number of girls who became pregnant before the age of 14, victims of statutory rape, was 2.9 times higher than the number of cases notified to SINAN. CONCLUSION The lack of adequate notification of statutory rapes in Brazilian official statistics leads to the underestimation of its magnitude.


RESUMO OBJETIVO Comparar dados oficiais notificados de violência sexual contra meninas de 10 a 13 anos com dados sobre gravidez nessa mesma faixa etária entre 2012 e 2018. MÉTODOS estudo epidemiológico, descritivo, de corte transversal, com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre violência e gestação de meninas com idades entre 10 e 13 anos, dos anos de 2012 a 2018. Os dados sobre violência sexual foram acessados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados sobre gravidez foram buscados em três Sistemas de Informação: o de Nascidos Vivos (SINASC), o de Mortalidade (SIM), para os óbitos fetais e o de Internações hospitalares (SIH), para os de aborto. RESULTADOS No período de 2012 a 2018 houve 136.387 gestações, sendo 120.185 nascimentos e 15.402 gestações interrompidas por aborto ou óbito fetal de mães que engravidaram com 13 anos ou menos. No mesmo período foram notificados ao SINAN 46.548 casos de abuso sexual de meninas com idades entre 10 e 13 anos. O número de meninas que engravidaram antes dos 14 anos, vítimas de estupro de vulnerável, foi 2,9 vezes maior do que o número de casos notificados ao SINAN. CONCLUSÃO A falta de registro adequado do estupro de vulnerável nas estatísticas oficiais no Brasil leva a subestimativa de sua magnitude.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Estupro , Delitos Sexuais , Violência , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais
20.
Rev. bioét. (Impr.) ; 28(4): 637-646, out.-dez. 2020.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1155745

RESUMO

Resumo Este estudo tem como objetivo analisar como vivem pessoas em situação de rua em município de grande porte, as vulnerações que sofrem e alternativas para mudar de condição. Foi utilizado método qualitativo, mediante observação participante e entrevistas com indivíduos em situação de rua que exercem algum tipo de trabalho. A análise dos dados foi organizada em três categorias: "chegada na rua", "viver na rua" e "saída da rua". Foram entrevistados 11 homens e 2 mulheres, com entre 23 e 58 anos de idade. Os motivos que os levaram à rua se relacionam ao rompimento de vínculos familiares, consumo abusivo de drogas e desemprego. Essas pessoas vivenciam vulnerações diversas que, somadas à falta de perspectiva de emprego, dificultam a mudança de sua situação. Diante disso, este trabalho propõe que a bioética da proteção é estratégia possível de cuidado, pois oferece suporte com equidade e promove a autonomia dos indivíduos.


Abstract This study sought to analyze how homeless people live in a large city, their vulnerabilities, and alternatives for leaving the streets. We used a qualitative method by participant observation and open interviews with homeless individuals who have any type of work. Data analysis was organized into three categories: "arrival on the street," "living on the street" and "leaving the street." We interviewed 11 men and two women, who were between 23 and 58 years old. The reasons that lead them to the street are related to the breaking of family bonds, drug abuse, and unemployment. They experience various vulnerabilities that, added to lack of future prospects, prevent them from leaving the street. Given this situation, the bioethics of protection is a possible care strategy as it provides support with equity and promotes individual autonomy.


Resumen Este estudio tiene como objetivo analizar cómo viven las personas sin hogar en una gran ciudad, las vulneraciones que sufren y las alternativas para cambiar de condición. Se usó un método cualitativo, mediante la observación participante y entrevistas a personas sin hogar que desarrollan algún tipo de trabajo. El análisis de los datos se organizó en tres categorías: "llegar a la calle", "vivir en la calle" y "salir de la calle". Se entrevistó a 11 hombres y a 2 mujeres con edades entre 23 y 58 años. Las razones que los llevaron a la calle están relacionadas con la ruptura de los lazos familiares, el abuso de drogas y el desempleo. Estas personas experimentan diversas vulneraciones que, sumadas a la falta de perspectivas de empleo, les impiden salir de la situación en la que se encuentran. Ante ello, este trabajo propone que la bioética de la protección es una posible estrategia de cuidado, ya que brinda apoyo con equidad y promueve la autonomía de los individuos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Bioética , Pessoas Mal Alojadas , Autonomia Pessoal , Equidade
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...